Ortopedia

Cirurgia do Joelho

Outros problemas

Os tratamentos e procedimentos também são aplicados em problemas específicos: tendinites, bursites, cistos, fratura por estresse, plica, dor anterior e fraturas. São os mais modernos, técnicos e tecnológicos equipamentos utilizados nos tratamentos.

Tendinite patelar

A tendinite patelar é uma inflamação no tendão patelar (ou ligamento patelar). Ela ocorre por excesso de uso numa musculatura que apresenta menor alongamento que o ideal. A musculatura da região anterior da coxa contrai a cada movimento e nas pessoas que o tendão apresenta-se encurtado a tração é superior a capacidade de adaptação do tendão causando inflamação no local. A tendinite patelar pode apresentar-se em grau leve, melhorando com medidas simples como repouso, alongamentos e eventualmente medicamentos. Nos casos mais avançados pode necessitar de um programa completo de fisioterapia ou até cirurgia nos casos mais resistentes.

Tendinite quadricipital

A tendinite patelar é uma inflamação no tendão quadricipital. Também ocorre por excesso de uso numa musculatura que apresenta menor alongamento que o ideal. A musculatura da região anterior da coxa (músculo quadríceps) contrai a cada movimento e nas pessoas que o tendão apresenta-se encurtado a tração é superior a capacidade de adaptação do tendão causando inflamação no local.

A quadricipital pode apresentar-se em grau leve, melhorando com medidas simples como repouso, alongamentos e eventualmente medicamentos. Nos casos mais avançados pode necessitar de um programa completo de fisioterapia ou até cirurgia nos casos mais resistentes.

Tendão Patelar: Entre a Patela (osso da frente do Joelho) e a Tíbia (Osso da Perna)
Tendão Quadricipital: Logo acima da patela, sendo a porção final do músculo quadríceps da coxa

Doença de osgood-schlatter

Adolescentes e crianças podem cursar com dor na região anterior do joelho, com aumento de volume no local e piora dos sintomas ao fazerem exercícios.

O problema que mais frequentemente causa estes sintomas é denominado ‘Osgood-Schlatter’.

Trata-se de um processo inflamatório na região anterior da tíbia (osso da perna), mais especificamente na tuberosidade (saliência) anterior da tíbia.

Na maioria das vezes, este quadro pode ser tratado com alongamentos e exercícios específicos para o problema.

Tendão Patelar: Entre a Patela (osso da frente do Joelho) e a Tíbia (Osso da Perna)
Tendão Quadricipital: Logo acima da patela, sendo a porção final do músculo quadríceps da coxa

Bursite patelar

A bursa é um tecido que serve para amortecer impactos sobre uma saliência de osso. No caso da bursa pré-patelar, ele serve para reduzir o impacto, mas também para diminuir a pressão sobre a patela ao ajoelhar no solo.

Quando a bursa é sobrecarregada, esta pode inflama causando dor e aumento de volume.

Este aumento de volume decorre da retenção de líquido no local e de inflamação.

Na maior parte das vezes, este quadro denominado ‘bursite’ pode ser tratado com medidas de tratamento sem necessitar de cirurgia.

Bursite do joelho numa vista de frente. Note a inflamação sobre a região da patela.
Bursite do joelho numa vista lateral. Note a inflamação sobre a região da patela.

Cistos

O cisto mais comum no joelho ocorre na região posterior, próximo à dobra localizada atrás do joelho. Este cisto é chamado de cisto poplíteo ou Cisto de Baker.

O cisto de Baker pode acontecer tanto na infância e como na idade adulta.

O cisto de Baker na infância é raro e geralmente descoberto ao acaso.

Normalmente não há antecedente traumático para o surgimento de cistos poplíteos na criança.

No caso dos adultos, por sua vez, geralmente há associaçãode algum problema interno no joelho com o aparecimento do cisto.

Estudos com ressonância magnética descrevem que a prevalência de cistos poplíteos é de 5% da população adulta, sendo maior em pacientes mais velhos, nos pacientes cometidos por artrite reumatoide e nos pacientes acometidos por gota.

Exame de ressonância do joelho em que se
observa um cisto na região posterior (seta)

Além do cisto de Baker, localizado na região posterior do joelho, outro tipo de cisto muito comum é o cisto meniscal.

Este cisto decorre de uma comunicação entre a região interna do joelho e a região externa à cápsula que envolve o joelho através de uma lesão no menisco.

Fratura por fadiga ou síndrome da insuficiência

A fratura por fadiga é mais comum nos idosos e se caracteriza por uma dor de início súbito, sem estar relacionada a nenhum trauma. Trata-se de uma dor intensa que limita a atividade.

Este quadro se diferencia das causas de dor mais comuns na terceira idade, quais sejam, artrose e desequilíbrio muscular. Nestes casos, a progressão do quadro é lenta e progressiva. No caso do desequilíbrio muscular observa-se que a musculatura anterior da coxa (quadríceps) geralmente encontra-se enfraquecida e os músculos posteriores da coxa apresentam diminuição do alongamento. Com isso, alguns pacientes idosos não conseguem mais estender completamente seus joelhos, causando desconforto ao caminhar.

Os exames de imagem são de grande valia para o diagnóstico da fratura por fadiga ou síndrome da insuficiência do joelho. A ressonância é o exame que mais auxilia neste diagnóstico.

Exame radiográfico de paciente com síndrome da insuficiência do joelho.
Exame de ressonância magnética de paciente com síndrome da insuficiência do joelho.
Exame de ressonância magnética de paciente com síndrome da insuficiência do joelho.

O tratamento pode variar desde medidas simples como o uso de bengalas para diminuir a sobrecarga no joelho até cirurgias de artroplastias (próteses). A decisão pelo tipo de tratamento em cada caso depende da extensão do problema.

Plica ou prega no joelho

A plica consiste numa estrutura presente nos joelhos e corresponde ao resquício de um septo (membrana) presente normalmente nos joelhos durante a vida intra-uterina.

Esse septo regride de tamanho, restando apenas uma pequena estrutura denominada plica.
Em alguns casos, principalmente após um trauma, a “plica” inflama e dói. A dor geralmente ocorre na região anterior do joelho, podendo ser na região lateral ou na região medial (interna).

Na grande maioria das vezes a “plica” inflamada (também denominada de “plica patológica”) pode ser tratada por medidas não cirúrgicas.
As principais medidas de tratamento da plica baseiam-se em fisioterapia, alongamentos, exercícios e medicamentos anti-inflamatórios.

Corresponde a tecido espessado
localizado dentro do joelho. Nos casos em
que há inflamação deste tecido o
paciente sente dor no joelho.

Dor anterior no joelho

A “dor anterior do joelho”, também chamada de Síndrome Patelo-femoral (SPF) é um sintoma freqüente na prática esportiva, aparece principalmente entre adolescentes e adultos jovens e se caracteriza dor localizada na parte da frente do joelho, em torno da patela ou profundamente a esta.

A articulação entre a patela e o fêmur é de fundamental importância na transmissão e regulação de forças durante a corrida. Tanto os impactos gerados durante a pisada no solo quanto a contração dos músculos, são regulados através dos movimentos do tornozelo, quadris e também dos joelhos.

Muitas são as causas da “dor anterior do joelho” como: as inflamações ou degenerações do ligamento da patela, as osteocondrites (inflamações na cartilagem de crescimento), as bursites e a plica sinovial.

As lesões causadas por traumatismos (seqüelas de quedas ou contusões), as instabilidades da patela (sensação de falseio, “sair do lugar”), e a hiperpressão lateral da patela (aumento da pressão na parte lateral da patela) também são causas de dor anterior.

A dor pode aparecer alguns minutos ou após longos períodos de corrida, mas também pode aparecer durante períodos de repouso com os joelhos flexionados muito tempo, ou até descendo ou subindo escadas. O inchaço e a sensação de estalidos (“sensação de areia”, crepitação) e até insegurança ao pisar (falseio) podem ser observados acompanhando a dor.

São muitos os fatores associados a “dor anterior do joelho”, indo desde a anatomia e biomecânica como o mau alinhamento dos membros, ligamentos tensos, pés planos (“pés chatos”) até os fatores externos como o tipo de piso de corrida, o tênis utilizado e as características do treino e do ambiente.

Os tecidos que estão em torno da patela (ligamentos, tendões e músculos) são frequentemente locais de dor. A fraqueza ou o desequilíbrio muscular podem provocar desalinhamento da patela durante os movimentos do joelho e causar sobrecarga em algumas regiões. Por outro lado, músculos muito tensos e a baixa flexibilidade podem provocar aumento da tensão em torno da patela e causar dor.

A cartilagem de uma articulação não tem inervação, portanto o que dói não é a cartilagem e sim o osso que está logo abaixo delam (osso subcondral). O aumento da pressão dentro da patela por várias razões pode causar desgaste do osso localizado logo abaixo da cartilagem e provocar dor.

Saber o que está causando a “dor anterior”, ou seja, o diagnóstico correto é de grande importância, pois muitas estruturas e problemas podem causar os mesmos sintomas e muitas vezes o tratamento é diferente. O exame clínico com especialista auxiliado pelos métodos de imagem possibilita o diagnóstico correto.

Os métodos de tratamento são ainda muito debatidos na literatura e variam conforme o diagnóstico. A correção dos fatores desencadeantes da dor frequentemente se utiliza de exercícios de fortalecimento muscular e exercícios de alongamento, correção da mecânica da corrida e aspectos de treinamento, além de outras medidas como palmilhas, medicamentos ou até tratamentos cirúrgicos em algumas situações.

Fratura

No joelhos podemos apresentar fratura em três ossos:

1.Tíbia ou osso da perna

2.Fêmur ou osso da coxa

3.Patela ou osso da frente do joelho

Essas fraturas precisam ser bem avaliadas para evitar sequelas no joelho.

O tratamento dessas fraturas implica em restabelecer a anatomia normal do osso fraturado (quebrado).
Nos casos em que apesar da fratura a anatomia não se alterou (fratura denominada de “sem desvio”) pode-se considerar tratar com uma imobilização para o joelho.

Nos casos em que a anatomia encontra-se alterada, ou seja, fraturas desviadas ou com potencial de se desviar com facilidade, necessita-se tratamento com cirurgia.

Seja com o tratamento com cirurgia ou no tratamento com imobilização é necessário que se aguarde a consolidação óssea (“cicatrização do osso”) antes de retornar as atividades normais e de se colocar peso sobre a perna.

Um dos principais problemas de não se restabelecer a anatomia normal dos ossos no joelho é denominada artrose pós traumática, ou seja, “desgaste precoce” da articulação do joelho.

Imagem ilustrando fratura do
planalto tibial lateral.

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